Unigranrio acelera inovação com Seminário de Iniciação Científica 2017

O freio na ciência e cortes que afetam programas de pesquisa na área governamental têm, no centro da própria engrenagem, uma força que resiste à falta da infraestrutura. A Unigranrio/Caxias realizou a 9ª edição do Seminário de Iniciação Científica (Sinctec) com inúmeras conferências, painéis, minicursos, apresentação de trabalhos e as premiações aos melhores projetos deste ano, sob o tema central “Comunicação. Estética e Inovação Tecnológica”. A conferência de abertura coube a Sérgio Bairon Blanco Sant’Anna, professor da Escola de Comunicação e Artes da USP. As fotos dos vencedores dos projetos sobre IC, além de outras mais, já estão na galeria de imagens dessa reportagem.
O Sinctec tem como objetivo apresentar projetos de pesquisa de alunos de graduação e do ensino médio, voluntários e bolsistas de Iniciação Científica nas modalidades PIBIC-Graduação, PIBIC-Ensino Médio e PIBIT, para avaliadores do CNPq, que compõem o comitê externo.
Arody Herdy abriu o Sinctec com uma reflexão sobre notoriedade.

“É importante não vestir o manto da vaidade ou sentimento de superioridade. O que vale a pena é saber que cada um de vocês tem status diferenciado. O desenvolvimento científico e tecnológico são instrumentos indispensáveis ao desenvolvimento econômico e social de qualquer país. Ciência e tecnologia não caem do céu. Tudo isso só acontece com disciplina e dedicação ao trabalho intelectual. Reconheço aqui, de público, o trabalho do CNPq, da Faperj, Funadesp, do Santander e, em especial, aos nossos alunos, professores e aos responsáveis diretos por este trabalho de Iniciação Científica, cito Emílio Francisquetti, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Unigranrio (Propep) e Virgínia Genelhu, diretora do Núcleo de Pesquisa e Iniciação Científica da Unigranrio”.
Diferenciais únicos na área de Iniciação Científica unem ensino médio e ensino superior.
As recentes histórias de sucesso do Sinctec revelam que investir em inovação é um acerto que resulta em diferenciais únicos no campo universitário. Na Unigranrio, essa capacidade de captar novos alunos para a área de pesquisa começa no CAP Unigranrio, exatamente entre alunos do ensino médio, mas que tem desdobramentos no ensino superior. Esse esforço duplo só foi possível pela integração de saberes e pela capacidade criadora da diretora do Núcleo de Pesquisa e Iniciação Científica da Unigranrio, Virgínia Genelhu.


Agenda positiva mostra que pesquisa tem valores distribuídos em todos os níveis de aprendizado.
Emílio Francisquetti, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Unigranrio (Propep), ressalta que há sinais muito positivos na agenda de eventos de Iniciação Científica e Tecnológica (ICT). “O número crescente de grupos de pesquisa certificados pelo CNPq – dos quais participam alunos de ICT da Unigranrio – mostra que a pesquisa em nossa instituição não é exclusiva dos cursos de Mestrado e Doutorado”, explica o professor Emílio.
O pró-reitor da Propep completa seu raciocínio: “Adotamos, então, a estratégia de aproximar o aluno de graduação dos programas de Mestrado e Doutorado. Em 2017, o Programa de Biomedicina Translacional (Biotrans) iniciou uma experiência inédita de integrar o mestrado com a graduação. Outra boa conquista para nossa universidade foi a Nota 5 na Capes, conquistada recentemente pelo Programa de Pós-Graduação em Administração”.


Jose Carlos Sebe Bom Mehy, historiador e professor do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Letras e Ciências Humanas, da Unigranrio, foi o responsável por apresentar Sérgio Bairon.

Sérgio Bairon abriu o evento do Sinctec 2017 com a conferência “A experiência estética, as tecnologias da comunicação e a produção partilhada do conhecimento. O cientista José Carlos Sebe usou em seu texto frases de sua autoria num misto de crônica literária e conhecimento técnico, ao definir seu amigo. “Frente à responsabilidade de apresentar Sérgio Bairon Blanco Sant’Anna, num evento emblemado pela temática, me senti abraçado pela própria história. Isso abriu em mim um cenário amplíssimo de reconhecimento pelo sentido docente”, disse.
Show de hipermídia e produções de conhecimentos partilhados.
Sérgio Bairon, que falou durante uma hora, é professor da Escola de Comunicação e Artes da USP. Lá, ele exerce atividades no campo de experiências com audiovisual, hipermídia, sempre com endereço nas produções de conhecimentos partilhados. Algumas de suas publicações mais importantes são Hipermídia, Interdisciplinaridade, Psicanálise e História da Cultura e Texturas Sonoras. Além desses, Bairon é produtor de filmes e hipermídias.


Sérgio Bairon: “ativista intelectual que concilia saberes tradicionais com tecnologia de ponta”.
Ao longo da palestra de Sérgio Bairon, fica evidente os pontos destacados por José Carlos Sebe, ao afirmar que Bairon tem a audácia de colocar os mais apurados recursos da tecnologia à serviço, não do produto em si, vertido em teses, artigos ou livros, mas ao dispor do reposicionamento tecnológico, este à serviço de causas de grupos marginalizados pelos efeitos da cultura escrita e do maquinário eletrônico. “Ativista intelectual, Bairon concilia saberes tradicionais com tecnologia de ponta, seja em palestras assim como em seu trabalho como consultor na Rede Globo. Mas sua experiência de absoluta vanguarda na Universidade de São Paulo ou em Stanford, Califórnia, mesclam toda a sabedoria de quem possui doutorado pela USP, com pós-doutorado pela PUC/SP e pela Freie Universitat Berlin, Alemanha”, constata José Carlos Sebe.

Carlos Varella, pró-reitor de Administração Acadêmica da Unigranrio, é a enciclopédia dessa universidade.
Carlos Varella contou histórias de vida e de convivência de trabalho com Jose de Souza Herdy, fundador da Unigranrio. De suas muitas lembranças, Varella contou que José de Souza não transferia suas responsabilidades a seus comandados, mas que foi amigo de muitos dirigentes de instituições de ensino na Baixada Fluminense. “José de Souza Herdy tinha talento para outras áreas, além da educação, tendo sido um dos maiores produtores de leite do Estado do Rio de Janeiro. Ele, que era flamenguista, foi um empresário de sucesso, um visionário que conquistou êxito em seu sonho de criar uma universidade, que teve sua primeira aula no dia 26 de junho 1972. José de Souza Herdy foi um dos mentores do Movimento Popular de Alfabetização, entre tantas outras aptidões profissionais”, explica Carlos Varella.


Virgínia Genelhu, diretora do Núcleo de Pesquisa e Iniciação Científica da Unigranrio, fala sobre o crescimento do número de pesquisadores e do apoio de instituições de fomento.

“Eu agradeço muito a todos, em especial ao reitor Arody Herdy, por todo o seu apoio ao nosso trabalho. Atualmente, mais de 400 alunos estão envolvidos na atividade de Iniciação Científica. O programa desenvolvido em nossa universidade tem cotas do CNPq e, com certeza, posso afirmar que estamos muito bem, porque temos a honra de contar, ainda, com 30 bolsas do Santander Universidades. A Funadesp é outra instituição de fomento que acredita em nosso trabalho, nos resultados obtidos junto aos nossos alunos, que têm recebido menção honrosa em muitos dos projetos de Iniciação Científica”, enumera Virgínia Genelhu.
A médica e cientista Virgínia Genelhu explica um pouco mais sobre os pilares que norteiam o trabalho de Iniciação Científica da Unigranrio.
“Nossos laboratórios e nossa infraestrutura geral têm sido facilitadores para que nossos estudantes concluam seus estudos científicos. O treinamento metodológico, o desenvolvimento do pensamento científico, crítico e reflexivo, associados ao estímulo à criatividade, fazem da Iniciação Científica uma das mais ricas contribuições na formação profissional de nossos alunos”, conclui.


Pró-reitores, diretores, professores e convidados presentes ao SINCTEC 2017.
Nara Pires, Vivaldo Moura Neto, Sônia Mendes, Haydéa Maria de Sant’Anna, Rejane Prevot, Cleonice Puggian, Chang Kuo Rodrigues, Daniel Sanches, Márcio Luiz Corrêa Vilaça, Marlene Benchimol, Anna Paula Soares Lemos, Ana Cláudia Condeixa de Araújo, Edson Jorge Lima Moreira, entre outros.



