Premiação de Iniciação científica revela talentos da Unigranrio

por: ACorona/ Victor Mendonca em: Iniciação Científica
Email: imprensa@unigranrio.com.br

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propep) promoveu aula magna do Programa de Iniciação Científica, com participação do conferencista Wanderley de Souza, diretor de projetos do Inmetro-Rj. Ele escolheu o tema “Um panorama atual sobre Ciência e Tecnologia no Brasil”. O encontro teve, ainda, uma solenidade de premiação dos 17 melhores trabalhos do Programa Institucional de Iniciação Científica e Tecnológica. Na opinião de Virgínia Genelhu de Abreu, diretora do Núcleo de Pesquisa e Iniciação Científica, “o desenvolvimento econômico e social que desejamos depende, e muito, de recursos humanos qualificados, além de forte base científica e tecnológica”. A Faperj, o CNPq, a Funadesp e o Santander Universidades contribuíram nesse evento como apoiadores.

Um olhar científico e empreendedor

Ao dar início à entrega dos prêmios, Virgínia Genelhu (Foto), enalteceu a todos os envolvidos nessa festa dos melhores projetos, destacando que os contemplados nessa avaliação tiveram seus projetos analisados por comissão de especialistas da Unigranrio e do CNPq, nas categorias CDC e Q’Ciência, Ensino Médio e Ensino Superior: “A Unigranrio mostra nesse momento a integração das diferentes áreas do conhecimento, sua vitalidade, além do propósito de incentivar as atividades de ciência, tecnologia e inovação. O brilho de hoje é reflexo de muito esforço e, até, de muitos sacrifícios”, explica a diretora.
Mais adiante, Virgínia Genelhu prevê novos caminhos aos que não se satisfazem, apenas, com os conteúdos das salas de aula: “Tudo isso serve para contribuir para a fronteira do conhecimento, em benefício econômico, cultural e social. Esse primeiro passo condutor, rumo à iniciação científica, vocês já deram. Desejo a todos que busquem a trajetória da academia e do mercado de trabalho, a cada dia. Vocês orientadores são os grandes responsáveis por essa solenidade. Parabéns a todos”, conclui.

Conheça os autores e orientadores dos projetos premiados através do link:http://migre.me/dzHCr. Agora, se você compareceu ao encontro e está com vontade de ver as principais fotos, entre agora no Facebook da Unigranrio(http://migre.me/dArzM) e confira os principais momentos:

Os números, desafios e frases lançadas pelo cientista Wanderley de Souza (Foto), diretor de projetos do Inmetro-Rj

O conferencista mostrou, entre outros aspectos, o desnível entre a crescente economia do país e o número de pesquisas envolvendo iniciação científica e tecnológica. Para ele, há necessidade de divulgação e popularização da ciência e de seus benefícios básicos para a sociedade como um todo: “Cresce no Brasil a consciência de que é vital avançar em pesquisa para garantir aumento de produtividade econômica e, assim, dar um salto tecnológico. O papel da universidade particular nesse momento é de suma importância. O que vejo aqui na Unigranrio é um belo exemplo de como iniciativas como essa podem agregar valor nesse sentido”, ressalta o cientista.

Economia x Educação – Numa rápida comparação, Wanderley mostra num gráfico números que destoam na área do ensino superior: “Hoje, no Brasil, temos 6,7 milhões de alunos presenciais contra 1 milhão em Educação a Distância. Desses, 1,7 milhão está no setor público, enquanto o privado concentra 5 milhões de estudantes. Apesar da economia apontar o Brasil no ranking das melhores do mundo, a qualidade do ensino e das pesquisas despencam ladeira e somem dos mapas qualitativos”, analisa.

A USP está apenas na 68ª colocação entre as melhores universidades do mundo

De olho em seu tempo de exposição, cuja palestra foi muito elogiada pelos estudantes da Unigranrio, Wanderley dá a impressão de que a porta para o amanhã já está aberta, faltando apenas que cada um acredite em sua capacidade intelectual: ”Só para exemplificar, as pesquisas apontam como as melhores universidades do mundo Harvard, Instituto de Tecnologia de Massachussetts, Universidade de Cambridge, Stanford, entre outras. A USP, a melhor qualificada entre as brasileiras, está na 68ª colocação. Não estamos crescendo em qualidade, o que é assustador. Hoje, temos cerca de 160 mil estudantes de pós-graduação no Brasil, mas ainda é muito pouco. A partir de março, espero que o governo cumpra sua palavra e libere R$52 bilhões em investimentos na área de ciência e tecnologia, abrindo mais verbas para pesquisas”, desabafa Wanderley, que acredita que esse esforço por parte do governo federal vai fomentar o desenvolvimento em todos os estados.

Foi um Rio que passou… e que foi ultrapassado

Segundo sua pesquisa, Wanderley mostra que o Rio de Janeiro está na contramão dos projetos de pesquisa, quando comparado a outros estados que não contam com órgãos como a Faperj: “Não é possível ver o Rio grande do Sul tomando a dianteira em números de pesquisas, à frente do Rio de Janeiro, que tem como grande coadjuvante a Faperj. Quando o assunto é o ranking de artigos publicados, o Rio volta a perder posição par o Rio Grande do sul, por exemplo. Veja como isso ocorre, agora, porque a USP sai na frente com 6.639 artigos, seguida, de longe, pela Unesp com 2.458, sendo que Unicamp vem logo atrás com 2.292 e, finalmente, a UFRJ chega timidamente com 2.019 artigos nesta pesquisa. É aí que entram as universidades privadas, porque não se pode esperar grande coisa das públicas, fiquem certos disso. Em breve, vamos assinar convênio com a Unigranrio”, relata Wanderley, que conclui que o pesquisador brasileiro contenta-se em apresentar os resultados de sua pesquisas em congressos e em outras publicações indexadas, mas que que peca ao não transformá-la em propriedade intelectual protegida por lei, como ocorre em países como EUA.
A mesa que deu posse à cerimônia de premiação foi composta pelo reitor da Unigranrio, Arody Herdy; Emílio Francischetti, pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa; Sônia Mendes, pró-reitora Comunitária e de Extensão; José Luiz Lordello, pró-reitor de Desenvolvimento, e Virgínia Genelhu, diretora do Núcleo de Pesquisa e Iniciação Científica.

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