O médico imunologista e gastroenterologista Aderbal Sabrá, que é o coordenador acadêmico de Medicina da Unigranrio, conta com apoio da Sociedade Brasileira de Alergia Alimentar, de professores de Medicina da Unigranrio e de outras universidades, além de pesquisadores de instituições renomadas, como Inca e Fiocruz.

Aderbal Sabrá alerta para o risco da Mamadeira Fatal 

Segundo o cientista, um dos temas em discussão é a “mamadeira fatal”, aquela usada ainda no berçário, e que provoca incidência de processo alérgico alimentar. “Isso ocorre na maioria das maternidades públicas ou privadas, por duas razões: hoje, no mundo, 95% das mulheres são submetidas a cesarianas, e as enfermeiras dão mamadeira aos bebês como forma de proteger as mães nas primeiras horas, digo entre cinco a doze após o parto. As enfermeiras fazem isso, também, porque facilita o trabalho delas no trabalho diário dentro dos berçários”, explica o pediatra e coordenador científico do Congresso.

Lei do Ministério da Saúde provoca mais doenças em bebês

Aderbal Sabrá disse que o Ministério da Saúde baixou portaria proibindo qualquer amamentação no berçário de maternidades, antes que se verifique se o exame de cada mãe apresenta HIV negativo. Ele alerta que “basta uma mamadeira para acontecer o desencadeamento da resposta alérgica. Para se combater o uso da mamadeira no berçário, é necessário um estabelecimento imediato do aleitamento materno exclusivo. Na maioria das maternidades públicas, as mães chegam lá sem antes fazer os exames de pré-natal”.

Alternativa ao leite de vaca

O cientista Sabrá aconselha o uso de um outro leite, na impossibilidade do aleitamento materno: “A fórmula do leite hipoalergênico deveria ser adotada pelo governo federal, de imediato, em todas as maternidades, já que esse tipo de leite fornece os nutrientes essenciais ao desenvolvimento físico e mental dos bebês, evitando que eles iniciem o processo alérgico nas maternidades, em função da utilização do leite de vaca”, justifica.

Mais Médicos, sim, mas com respeito à profissão, aos brasileiros e, em especial, às condições de trabalho

A pediatra Selma Sabrá, professora de Pediatria da Unigranrio, é uma das coordenadoras desse Congresso, que também conta com apoio das ligas acadêmicas de medicina do Estado do Rio de Janeiro. Em 2012, os universitários apresentaram mais de 100 trabalhos de pesquisa, incluindo exibição de  pôsteres. “Congressos, simpósios, sala de aula, laboratórios, hospitais, ambulatórios e projetos comunitários ajudam na preparação de médicos para o exercício da medicina. Esse é mandamento ético que nos enriquece e que proporciona dignidade profissional nesse país. Mais médicos, sim, mas que sejam respeitados, valorizados. Como trabalhar em lugares onde não há material adequado e instalações para o exercício da medicina”, indaga Selma Sabrá.

Dia 13 – sexta-feira

O congresso terá inúmeras conferências ao longo do dia, como “ginecologia: endometriose/infertilidade”, por Leila Brollo; “Obstetrícia: atenção em situação de vulnerabilidade”, por Alexandre Trajano;  “Aleitamento materno em situações especiais”, por Cÿnthia Meirelles; “Pré-natal: diabetes e gravidez”, por Fátima Miranda”; “Choque em obstetrícia”, por Márcia Vaz; “Hepatites agudas”, por Luciana Rezende; “Cirrose hepática e complicações”, por Ronaldo Carneiro; “Carcinoma Hepatocelular”, por André Nazar; “Pneumonia no idoso”, por André Baião.

Dia 14 – sábado