Unigranrio entra nos trilhos da pós-graduação em Transporte Metroferroviário

Assessor de imprensa da Unigranrio: Alberto Corona, Email: imprensa@unigranrio.com.br
A Unigranrio/Lapa promoveu a palestra “A Educação no mercado metroferroviário”, em parceria com o Cepefer, com objetivo de lançar a primeira pós-graduação em Transporte Metroferroviário no Estado do Rio de Janeiro, que tem início previsto para o dia 27 de setembro. Para discutir as tendências e oportunidades, além do mercado ferroviário de passageiros e de cargas, a conferência reuniu dirigentes desse segmento, como Elli Canetti, gerente de Expansão do Metrô-Rio; Manoel Mendes, diretor executivo e sócio-fundador do Centro de Estudos e Pesquisas ferroviárias – Cepefer; Rodrigo Otaviano Vilaça, diretor-executivo da Associação Nacional da ANPTrilhos; Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer); além da deputada estadual Aspásia Camargo (PV) e José Luiz Lordello, pró-reitor de Desenvolvimento da Unigranrio.

Deputada Aspásia denuncia sucateamento dos serviços sobre trilhos no Estado do Rio de Janeiro, entre 1977 e 2005
Aspásia abriu o evento e aproveitou para enaltecer a importância dessa pós-graduação. Ela chamou a atenção para alguns números estatísticos que servem como reflexão de todos: “Entre 1977 e 2005, observou-se o aumento no uso do automóvel nas grandes cidades, de 32% para 49%, onde observamos a queda no uso do transporte público. A tradição ferroviária precisa avançar, sim, preparando pessoas e qualificando profissionais para os avanços tecnológicos. O abandono desse setor está ligado ao das cidades. Os governantes se fazem de cegos, mudos e surdos, já que a descentralização é que faz tudo funcionar”, denuncia Aspásia.
Metrô do Rio é uma verdadeira linguiça
Segundo Aspásia, mais de 50% da população mundial é urbana, sendo que no Brasil ultrapassa a casa dos 80%. “Flexibilidade de horário é um dos passos para se evitar, de imediato, os problemas de transporte para quem vai de casa para o trabalho e vice-versa. Hoje, as 100 cidades brasileiras de maior concentração populacional concentram 40% de toda a população do país. No Rio, o metrô é uma ’verdadeira linguiça’, porque tudo se concentra em uma linha reta, praticamente, visto que não viabilizam outros ramais importantes pela cidade. Isso também é culpa dos políticos”, aponta Aspásia.
Abifer: sustentabilidade e geração de valor
Vicente Abate, presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer), lembrou que ela completou 36 anos de atividades, sempre dando suporte às concessionárias desse ramo, num universo de 70 associados brasileiros e estrangeiros, em busca de sustentabilidade e geração de valor. A Abifer reúne fabricantes de locomotivas diesel-elétricas e diesel-hidráulicas, vagões de carga de todos os tipos, vagões siderúrgicos, carros de passageiros metroferroviários, VLT, trens de alta velocidade, sistemas de sinalização e telecomunicação, entre outros”, explica.

Mais de 50% dos estados brasileiros carecem de malha ferroviária
Elli Canetti, gerente de Expansão do Metrô-Rio, demonstra como o Brasil ainda está fora dos trilhos – “Não vai se resolver o problema da mobilidade urbana se não houver incentivo financeiros na área de trilhos. Esse tipo de transporte está localizado, hoje, apenas em 11 estados e no Distrito Federal, o que equivale a menos de 45% dos estados brasileiros, computando-se 9 milhões de passageiros. Ao todo, são 15 empresas diferentes operando estes sistemas. Neste ano, chegaremos ao total de 2,8 bilhão de passageiros transportados no Brasil”, destaca Eli.
Mercado metroferroviário está em alta
Eli Canetti estima que nos próximos cinco anos a malha ferroviária brasileira dobre de tamanho: “Existem 24 projetos em vias de licitação, o que proporcionará a duplicação da malha ferroviária. Serão 1.136 km de novos caminhos, incluindo trens, metrôs e monotrilhos. Com isso, o mercado metroferroviário dará um salto de qualidade. Hoje, ainda há falta de pessoal qualificado no mercado metroferroviário e, com a pós-graduação da Unigranrio/Cepefer, abre-se um leque de oportunidades para quem quer obter sucesso profissional”, orienta Eli.

Pós-graduação é o caminho a ser seguido
Eli conclui sua palestra exemplificando que a pós-graduação que terá início em setembro deste ano qualificará ainda mais aqueles que lidarão com passageiros, manutenção, tráfego de trens, comunicação interna e externa, em cabines, centros de controle, área de energia, segurança, sistemas e instalações, entre outros: “Para se obter uma boa manutenção de toda a infraestrutura sobre trilhos, precisamos pensar em qualificação administrativa também”, conclui Eli Canetti.
Manoel Mendes, diretor executivo e sócio-fundador do Centro de Estudos e Pesquisas ferroviárias – Cepefer:
Ele oferece cursos para qualificação de profissionais com objetivo de atender à crescente demanda por mão de obra especializada na área ferroviária: “É muito importante que toda a estrutura das instituições aqui representadas seja levada às pessoas que desenvolverão projetos a partir dessa pós-graduação. Esse é o grande diferencial dos nossos cursos, que também será visto na Unigranrio. Já estruturamos cursos para inúmeras empresas de grande porte, como a Siemens, onde treinamos engenheiros, gerentes e outros profissionais na área metroferroviária”, exemplifica, o presidente do Cepefer.

Curso inédito de engenharia metroferroviária
“Essa parceria com a Unigranrio, cujo curso deverá ser iniciado em 27 de setembro, também é motivo de comemoração, tendo em vista que essa universidade é a primeira a despontar com esta pós-graduação tão importante para o desenvolvimento do país. Hoje, podemos dizer que estamos despertando os jovens para uma carreira ainda pouco explorada, que propiciará avanços e ganhos em todos os sentidos. Temos parcerias nacionais e internacionais com universidades e institutos de pesquisas, na área de gestão e de engenharia, como no Canadá, em que visamos também atualização e certificações. Outros intercâmbios estão a caminho. Desenvolvemos cursos de pós com a Vale e o IME, desde 2005. Nós temos diversos engenheiros que passaram pelos cursos do Cepefer, que hoje ocupam posição de destaque em empresas de grande porte. O nosso TCC é bem diferente, porque o aluno tem que apresentar um tema-problema advindo da própria empresa em que trabalha”, destacou o presidente do Cepefer.
Manoel Mendes representou a ANTF
Ele deu um panorama sobre transporte ferroviário, operadores logísticos e questões estratégicas como investimentos no setor, infraestrutura, integração e modernização da malha ferroviária no país. Para ele, Rodrigo Vilaça, presidente-executivo da ANTF – que enviou um vídeo exibido no encontro da Lapa – está contribuindo muito nessa visão de integração de todos os modais de transporte: “Posso garantir que a ANTF está alinhada para que o Brasil tenha mais competitividade em suas atividades, interligando os pólos produtores aos portos, como o de Suape e a Transnordestina. Em termos de quilometragem, a concessão dos 28.476 km da malha ferroviária destinada ao transporte de cargas apresenta resultados significativos, em que 48 mil funcionários trabalham nessa área fundamental, onde a ANTF mantém diálogo permanente com órgãos governamentais e todos os segmentos produtivos”, define Manoel Mendes.

José Luiz Lordello, pró-reitor de Desenvolvimento da Unigranrio, acredita que a pós-graduação abrirá portas para novos desafios:
“Agradeço ao Cepefer, em especial ao Manoel Mendes, pela incansável costura desse convênio. Esse é o momento de transformar vidas por meio da educação, mas, sobretudo, colaborando para que o segmento metroferroviário obtenha êxito. Eu defino que uma boa parceria pode ser definida por quatro coisas: confiança, competência, compromisso e oportunidade. Essa é a primeira iniciativa, que começa por esta pós-graduação, mas temos outros sonhos, com certeza”, disse.
Luiz Cesário, presidente de honra da Abifer também prestigiou o evento Unigranrio/Cepefer.
